“A história se repete, pelo menos duas vezes, disse Hegel, filósofo alemão. Karl Marx acrescentou: a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa.” Frase escrita no livro “O 18 Brumário de Luis Bonaparte” (K. Max), livro escrito entre dezembro de 1851 e março de 1852.
Essa frase se adéqua classicamente na história política do Brasil de hoje. O primeiro golpe foi o de 1964, onde João Goulart foi destituído do cargo e deu inicio a ditadura militar que perdurou por 21 anos de terror. Com a criação do AI 5 – Ato Institucional número 5 – a tortura foi legalizada abolindo o “habeas corpus” aos presos políticos. Vidas foram ceifadas; famílias destruídas!
O segundo golpe – o da farsa – é o que ocorre atualmente, quando um plenário duvidoso caça não só a presidente Dilma Rousseff, como também 54 milhões de votos democraticamente digitados nas urnas, com a real finalidade de “safar” políticos corruptos da direita branca, que querem o fim da operação Lava Jato, operação esta que complicaria a vida de grande parte do PMDB e PSDB entre outros.
Este golpe tem como patrocinadores as Organizações Globo de Comunicação dos irmãos Marinhos, a direita derrotada nas urnas e com conivência do STF.
Segundo Putin, presidente da Rússia, também patrocina o golpe os Estados Unidos da América, que também apoiou o de 1964 e sempre tiveram interesse em tomar nossas jazidas petrolíferas e a Petrobrás entre outras riquezas.
O golpe da farsa não foi só contra o Estado de Direito e a Democracia, mas, principalmente, contra os mais de 54 milhões de brasileiros que colocaram no poder aquela que escolheram para governar o país e foram transformados em palhaços por um parlamento desprezível, na sua maioria composto por pessoas sombrias e de caráter venal.
O golpe também não foi só contra o MIC, a cultura e a arte, mas contra as cotas nas universidades, contra os que usam o PROUNI, FIES e tudo o que venha favorecer a inclusão dos negros e menos favorecidos.
Foi contra aqueles de baixa renda que saiu da linha da miséria e passaram a ter uma vida menos indigna; contra o programa minha casa minha vida, bolsa família e diversos outros programas sociais.
Também foi contra os trabalhadores que perdem direitos historicamente adquiridos e a tendência é perder o FGTS, com a provável lei de livre negociação empregado x empregador. Não sabem eles que esta bonificação aquece o comércio, indústria e gera empregos e impostos.
O golpe da farsa, criado para salvar alguns corruptos de direita, foi para desmontar não só o governo Dilma, mas também para voltar à era das privatizações; voltar ao poder aqueles já conhecidos políticos profissionais, apegados ao poder e que administra na base de tudo pelo voto e por sua (dele) conta no exterior.
“Que ninguém volte a se abrigar debaixo das pontes”.