Quem se importa com os professores? Questão que poderia deslizar, perigosamente, para esta outra: quem se importa com o ensino?
Recebi uma mensagem eletrônica em que um professor de Física, do ensino médio de uma escola pública, dizia sentir-se humilhado e até de dizer que, como educador percebia mensalmente R$ 650,00 de salário bruto. Inclusive que existem colegas de profissão que ganham ainda menos. Algo em torno de R$ 440,00. Será que alguém acha que, com um salário assim, a rede de ensino poderá contar com professores competentes e dispostos a ensinar?
Seguindo com seus comentários, disse:
“Não querendo generalizar, pois ainda existem bons professores lecionando, atualmente a regra é essa: O professor faz de conta que dá aula, o aluno faz de conta que aprende, o Governo faz de conta que paga e a escola aprova um aluno mal preparado. Incrível, mas é a pura verdade! Sinceramente, eu leciono porque sou um idealista e atualmente vejo a profissão como um trabalho social”.
Um parlamentar no Brasil custa para os cofres do Estado R$ 10,2 milhões por ano. Com certeza, devem ser os parlamentares mais caros do mundo! Segundo as pesquisas deste mesmo professor, na Itália, são gastos com parlamentares R$ 3,9 milhões, na França, pouco mais de R$ 2,8 milhões, na Espanha, cada parlamentar custa por ano R$ 850 mil e na vizinha, Argentina, R$ 1,3 milhões.
Podemos observar, através destes números, que um parlamentar brasileiro custa ao erário o equivalente a 688 professores de nível superior. Não estão computados outras benesses usufruídas pelos parlamentares, como as famigeradas passagens para toda parte do planeta utilizada não só por seus familiares, mas, até por amigos deste grupo de privilegiados, entre outras.
A proposta do professor em questão é a seguinte: Diante dos fatos, gostaria muito, amigo, que você divulgasse minha campanha, na qual o lema é: “troque um parlamentar por 344 professores”. COMO VOCE VAI VOTAR DEPOIS DE LER ESTE ARTIGO?