A falta de alternância no poder político, especialmente no legislativo feirense, exemplo do que ocorre no executivo, há décadas, já se tornou uma enfermidade crônica. Como se não bastasse o baixo nível moral e intelectual de parte de suas excelências.
Esse engessamento político no cenário brasileiro tem sido o responsável direto por todas as mazelas sociais que afetam diretamente o seu povo. Em Feira, esse comportamento tem sido uma prática constante.
Estamos, mais uma vez, em ano eleitoral e o que presenciamos é que boa parte dos pleiteantes que buscam a ocupar uma vaga no legislativo, são os de sempre. Ninguém solta a mão de ninguém. No Brasil a tragédia é sempre a mesma, a história se repete em forma de farsa.
Recentemente a imprensa local noticiou como destaque dois nomes, que não apresenta nada de novo, e os apresenta como um “diferencial” na disputa para retornar aos podres poderes: o professor Luciano Ribeiro (MDB), 75 anos, que já foi vereador, deputado estadual e vice-prefeito em duas oportunidades no Município, além de secretário municipal de Educação.
Outra figurinha manjada é o empresário Fernando Torres, 52 anos, hoje dirigente maior do PSD na cidade. Ele já foi vereador, deputado estadual, deputado federal em duas oportunidades e secretário estadual do governo Rui Costa. Ambos estão na disputa por uma das 21 cadeiras do Legislativo feirense na eleição de 15 de novembro.
A continuar nesse passo, melhor seria eternizar essas figurinhas, eliminar as eleições e acabar com esse papo de que democracia é o povo no poder. Na realidade o que existe é um sistema político voltado para a plutocracia.
A participação do povo no processo, não deixa de ser um ato grotesco que tem como objetivo referendar um sistema de modelo político, onde o que prevalece são os interesses de poucos, em detrimento dos interesses de muitos.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)