Não importa a cor da pele, se o cabelo é crespo, ondulado ou liso; se a cor dos olhos é azul, verde ou preto; se é pobre ou rico e com opções sexuais diferentes. O que importa mesmo é o conteúdo das pessoas. Temos que aceitar as pessoas como elas são, como nasceram e como vivem. “O importante para Deus, é o que está no âmago do coração das pessoas…” – Disse São Paulo em uma de sua epístolas. Somos especiais por que fomos criados à imagem e semelhança de Deus, por isso, a aparência física não tem a mínima importância.
Se fossemos pessoas equilibradas, as cores que existem em nosso interior daria para pintar o céu, colorir o sol, maquilar a lua e todas as estrelas porque elas são formadas pelos nossos valores e princípios morais, que estão alicerçados no conceito de dignidade, o que retrata a essência do ser humano.
É muito difícil desligar-nos de emoções, desejos e paixões. É muito mais difícil ainda, aceitar os nossos erros e defeitos, mas é necessário ser solidários com o próximo, respeitar os seus direitos, seja qual for sua raça, credo ou seu status, procurando um melhor relacionamento com o mundo físico e social.
É muito complicado voltarmos para o nosso interior – principalmente para as pessoas que se sentem o centro do universo ou que se acham o sol, com os planetas girando em torno delas – constatar e aceitar tudo aquilo que não aceitamos ser; admitir que não somos o sol, nem o centro do universo e que o mundo não gira em torno de nós, chegando à conclusão de que somos, no plano atual, meros participantes do jogo da vida em iguais condições diante do Criador.
Infelizmente temos que ouvir de um Presidente da República Federativa do Brasil, de qualidades ínfima, um “ogro”, dizer que o negro é malandro e o índio indolente; que a mulher é a fraqueza do homem e não respeita os que fizeram opções sexuais diferente da sua. Com certeza o cérebro deste elemento de qualidades infinitesimal, se encontra na sola dos pés
Alberto Peixoto – Escritor
Teoricamente é isto. Mas na prática é diferente.
Viemos de culturas que suas raças se acham superior as outras. A escravidão cristã se baseava que o negro era um ser inferior e que lhe estavam fazendo um bem. Padre Antônio Vieira dizia isto. O mesmo conceito das castas na Índia ou a inferioridade da mulher na cultura muçulmana.
Para mudar isto, além da batalha diária do negro para ter “O lugar da Fala,” tem que se questionar o que os pais, a família e os professores passam até de forma subliminar para as crianças. E os religiosos principalmente. Espero que está indignação não seja modismo e venha pra ficar pois realmente BLACK LIVES MATTERS.
Dr Carlos Raimundo Ferreira