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Mesmo constando a existência de débitos para com o município de Feira de Santana, o Hospital Mater Dei efetuou, com o governo municipal, contrato de aluguel daquela unidade de saúde para atender pacientes positivos com o vírus Covid- 19.
A estranha escolha feita pelo prefeito de direito e não de Fato, Colbert Martins, não deixa de ser curiosa. Diante do fato inusitado o vereador Roberto Tourinho (PSB) elaborou requerimento, aprovado pelo legislativo feirense, nesta segunda-feira (27), no qual questiona a forma como será gerenciado aquela unidade hospitalar a ser reativada para atender pacientes positivos do coronavírus: quem efetuou o contrato de aluguel, o seu valor e o período de locação.
O que chama à atenção em relação a existência do citado contrato é que a unidade hospitalar, além de ser privada, consta que sua estrutura está precária. O que significa dizer que o dinheiro público irá reestruturar a unidade hospitalar e após um determinado tempo a mesma será devolvida ao proprietário, totalmente saneada.
Não explica, o gestor público contratante, se ao longo desse período o débito do hospital para com o município será pago. O que realmente está por trás desta contratação? Será que existe a perspectiva de alguém querer se beneficiar financeiramente, às custas da pandemia?
O que deixa transparecer em toda essa articulação, aparentemente sinistra, é que o único a ser beneficiado com tal contratação será o seu proprietário que sairá dessa pandemia com um hospital totalmente saneado, pelo dinheiro público. O caso merece uma atenção especial das autoridades competentes.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)