
FOTO: El Pais
“E o Mandetta, a linha dele, como médico, era voltada quase exclusivamente para a vida” – Jair Bolsonaro, presidente do Brasil.
Lamentavelmente há uma extrema aptidão, um sentimento do homem contemporâneo em só avistar valores materiais e idealizar-se em conquistas colossais. Para estas pessoas a vida, em sua acepção, tem um significado ínfimo.
Estas pessoas são possuidoras de uma cultura social que limita, em um percentual bem alto, a celebração do dom da vida. A alegria de viver foi deletada para o olvidamento.
Em consequência disso, entendemos que Deus é o pai – desde que você não seja seguidor destes falsos profetas caracterizados de pastores que só visam o “vil metal” – e não valorizar a vida é ignorar o amor a nós mesmo, a cada pedacinho que nos completa como seres humanos. É renegar a natureza como um todo.
Com certeza absoluta a economia e o mercado são importantes, mas não tanto quanto a vida no seu sentido abrangente.
A vida depois de perdida não tem retorno. Não temos o dom de ressuscitar e sair andando por aí como se fossemos Lázaro. A economia, com seus objetivos, seus processos de produção, distribuição de bens e serviços de consumo, dos investimentos, do controle de gastos, mesmo depois de sua derrocada, com muito trabalho pode ser revitalizada, reconstruida. A vida não tem esta prerrogativa.
“Bolsonaro explicando que demitiu o ministro da Saúde porque…” “a linha dele… era voltada quase exclusivamente para a questão da vida” e isso “não afinava com a ideia do presidente” é uma metáfora perfeita desse governo. O presidente, sabemos, é “voltado para a questão da morte”. – Petra Costa, Cineasta.
Neste momento é fundamental evitar sair de casa. Desta forma estaremos nos ajudando e ao próximo; a proteger nossa saúde e, consequentemente, preservar a vida do próximo. Não escutem orientações de pessoas de qualidades ínfimas e de comportamentos sórdidos.
Alberto Peixoto, Escritor – comendadoralbert@bol.com.br