Mais uma pérola excretada pela cloaca do Bolsonaro foi o comentário feito por ele durante visita oficial ao Qatar nesta segunda-feira (28), ao comentar sobre as manifestações de vitória de Alberto Fernandéz, recém-eleito presidente da Argentina.
“É uma afronta [sic] à democracia brasileira e ao sistema judiciário brasileiro. Ele está afrontando o Brasil de graça”, afirmou Bolsonaro sobre o gesto de Fernandéz em apoio ao movimento Lula Livre.
Como já de se esperar de uma pessoa despreparada para enfrentar a liturgia do poder tal afirmação do famigerado presidente brasileiro, que não quis enviar cumprimentos a Fernandéz. Se utilizando de um argumento com o potencial de sua limitada inteligência, diz que irá aguardar os próximos passos do novo governo argentino para então, se necessário, “tomar alguma decisão em defesa do Brasil”.
Como já se tornou uma rotina para todos os brasileiros, até mesmo daqueles que apoiaram politicamente o ‘Coiso’. Mais uma vez ele volta atrás do que afirmou anteriormente, do Brasil deixar o Mercosul. Agora o alucinado presidente de forma delirante cogita em “afastar a Argentina” , se a eleição do peronista afetar o acordo entre os blocos.
Demonstrando, em raros momentos de lucidez, uma vaga preocupação nas relações com a Argentina, país que mantém um forte comércio com o Brasil. O ensandecido arremedo de presidente finalmente conseguiu proferir uma simples frase com certa lógica ao admitir: “Nós não queremos romper nada, não vamos fechar as portas”.
Como se tivesse olhando no espelho afirmou que a vitória do opositor, na Argentina, se deve ao fato de que reformas feitas por Macri não terem dado os resultados esperados. “Agora, a Argentina colocou no poder quem colocou a Argentina no buraco lá atrás”. No caso do Brasil é diferente? O povo colocou no poder o representante do mesmo grupo políticos que ao longo da história sempre lutaram para manter o Brasil no buraco.
O Brasil, por enquanto não vive a mesma crise econômica que a Argentina vive, com relação a inflação e dólar altos, mas no tocante aos demais flagelos humanos estamos iguais ou piores no tocante ao aumento do desemprego e da pobreza.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)