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No primeiro posicionamento é imprescindível dizer que a justiça sempre manteve e deverá manter por um período não calculado, que o seu comportamento jurídico, seguirá dando vazão que suas decisões, continuarão positivando o que eles possuem, “um peso e duas medidas”.
Não irei me distanciar para confirmam essa ânua.
O caso Pityocampa em Feira de Santana é um exemplo claro e incontestável dessa posição jurídica bastante questionável e injusta.
A operação deflagrada até o momento só atingiu os empresários da Coofsaude no município.
Os agentes públicos nos poderes executivo e legislativo não foram até o presente momento sequer admoestados.
Com certeza todas ações que viabilizaram os desvios dos recursos públicos pela Cooperativa de Saúde – Coofsaude não poderiam ter sido executados com êxito sem a participação de agentes públicos com poder de decisão.
Mas, para surpresa e estupefação dos feirenses, as investigações foram realizadas em primeira fase apenas no setor privado. A segunda fase conforme informações dos órgãos investigadores ocorreria em outro momento, que para surpresa está engavetada.
Lógico que essa fase estaria identificando os agentes públicos.
A investigação dorme em berços esplêndidos.
Os empresários cometeram crimes e, portanto, devem ser punidos.
Mas, os crimes não teriam acontecidos se os agentes públicos não tivessem participação, facilitando e acobertando a ação que subtraiu ilegalmente recursos públicos, destinados à assistência médica e medicamentosa dos habitantes do município.
Não é exagero afirmar que pacientes foram a óbito pela falta dos investimentos que esses recursos fizeram.
Até o momento as investigações não definiram o montante total subtraído dos cofres públicos. Os valores inconclusos somam mais de duzentos milhões de reais só em Feira de Santana.
A área de atuação da Coofsaude atingiu mais de 30 cidades inclusive a capital. A estimativa gira entorno de um valor superior a 1 bilhão de reais.
É obvio que para uma ação dessa monta ser executada, obrigatoriamente teria a participação de agentes públicos na sua estrutura.
Onde eles estão?
Os empresários nós sabemos!
Será que a maneira correta de combater a corrupção é essa?
Prende os políticos considerados de esquerda, destrói as empresas de parte do setor privado e deixa livre os políticos amigos criando uma muralha protetiva em torno deles?
Essa é a justiça que condena os advogados considerados, por parte do magistrado, como advogados de porta de cadeia, como disse o desembargador Sylvio Baptista Neto, da 1ª Câmara Criminal.
Sinceramente não encontrei diferenças, dando as devidas proporções, entre eles.
Os amigos com posição política confluente, que roubam, podem?
Quando a justiça estará dando uma resposta à sociedade sobre a Pityocampa, quando estarão punindo os agentes políticos envolvidos?
Carlos Lima, Jornalista