O carro que Queiroz vendia
Era um carro invisível
Nem no Lost era possível
Ver tamanha livosia
Quem via logo corria
Desta coisa do outro mundo
Do inferno era oriundo
Pois sabia ele chifrar
E fazia igual gambá
Soltando o ar pelo fundo
Começou com Michelin
Sua venda no comércio
Era sócio do Aécio,
Gediele e Moroin,
Se enrolou com Serafim
Quando vendia um chevete
Foi cortado de gillete
E Queiroz se escondeu
O cabra se escafedeu
Assim me disse a Ivete
Mas um dia apareceu
O amado da injustiça
Fedendo igual a carniça
negando o que prometeu
Falar do que escondeu
Para o amigo Flavinho
Que é filho do Bozozinho
Bisneto de um tal de Malta
Que vive tocando flauta
Na banda do Buraquinho
O malandro é carioca
É trambiqueiro da gema
Se colocar em um barema
Sua vendagem ele broca
É pior do que taioca
Quando ela é assanhada
Só vive dando é picada
Picou um tal Ministério
E entrou no cemitério
Para fazer sua morada
- Colaboração: Professor Marialvo