Como é de costume e já se tornou, até mesmo rotineiro, o o presidente genocida Jair Bolsonaro (PL) se especializou em transferir responsabilidades ao classificar nesta sexta-feira (15), como “covardia” a determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de dar um prazo de dois dias para que ele se manifeste sobre supostos discursos de ódio e incitação à violência.
O grau de cinismo praticado pelo chefe do executivo não tem limites, argumenta ele, que a decisão gera conflitos.
“Estas questões levam a conflito entre poderes. Daqui a pouco vão falar que estou atacando o STF. Isso aqui é um ataque. Deus me permita, isso aqui é uma covardia”, afirmou durante uma live.
A medida adotada pelo ministro ocorreu após, nesta semana, parlamentares e dirigentes partidários da oposição apresentarem ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma representação contra o mandatário por proferir, constantemente, discursos de ódio durante a campanha eleitoral.
Moraes está presidindo a corte de forma interina, em razão do recesso do ministro Raul Araújo.
De acordo com Bolsonaro, a sua assessoria vai trabalhar para responder o pedido. O presidente criticou o curto prazo para a manifestação. “Parece que faz para mostrar. ‘Olha, eu sou outorgado, você vai fazer o que eu quero senão a minha caneta está aqui’”, disse.
Conforme consulta feita junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre se o prazo era de 48h úteis ou corridas. Em nota, a corte respondeu que a contagem do prazo em dias úteis não se aplica à Justiça Eleitoral. Dessa forma, a resposta de Bolsonaro deve ser entregue até a segunda-feira (18).
O curioso tem sido o comportamento reiterado do meliante presidente. Ele diz contrário à determinação de Moraes. “Manifesto que sou contra”, enfatizou em uma de suas publicações no Twitter.
O estranho em todo o comportamento burlesco do chefe de estado é que, como sempre, continua transferindo responsabilidades e se colocando no papel de vítima, quando na realidade é o grande ser bestial que tomou o país de assalto e se elegeu tendo como meta destruir literalmente as conquistas sociais ganha pelo povo brasileiro.
Visando atender unicamente aos seus devaneios e delírios de poder.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)