A insanidade brasileira / Por Alberto Peixoto*

A frase-título poderia ser completada com o adjetivo de dois gêneros, “mental”, mas quando se trata de Brasil, o substantivo feminino “insanidade” passa a ter um significado mais amplo possível, ou seja: loucura, demência, doidice, insânia… Também pode servir para indicar a condição de uma pessoa insensata ou insana. A insanidade brasileira está contida em todos os segmentos possíveis, principalmente no político.

O Brasil, com mais de 560 mil mortes causadas pelo Coronavírus – um número de óbitos altíssimo – contradiz os estudos científicos e as experiências realizadas em diversos países no combate à doença. Temos uma administração pública que reluta em não tomar as devidas providencias para o combate contra a COVID-19, estimulando aglomerações, o não uso de máscaras e fazendo propagandas enganosas sobre as vacinas. A depender do país de origem, este antídoto não presta. Você vai virar jacaré!

A insana burguesia brasileira e a classe média que se acha rica, por sua vez, continua se movimentando em apoio aos desmandos do governo, não só no combate à COVID-19 como nos diversos setores da economia, através da política “correta” do ministro Paulo Guedes, que aumenta os preços dos produtos e amplia o nível de desemprego no país. É a política do “cada um que se vire. Exploda-se!”.

No Brasil a política “virtuosa” de Paulo Guedes tem como principal objetivo enfraquecer o Estado através da privatização de gigantes da economia do País como as Refinarias da Petrobrás, pré-sal, Embraer, Eletrobrás, Correios, entre outros. Com esta atitude, o desemprego tende a aumentar e a política de combate aos mais desvalidos se instala oficialmente.

Nestas circunstâncias as possibilidades de aquisição a remédios, higiene, moradia e alimentação são reduzidas a níveis bem próximos de zero. Nestas condições de loucura total que se apossou o governo, “a fila do osso com retalhos de carne” acelera o seu crescimento inexoravelmente.

A insanidade governamental fomenta a crise econômica, auxiliada pelo tímido combate à pandemia, e os efeitos sobre os menos favorecidos são devastadores. Os programas sociais foram abandonados no passado! Melhor dizendo, banidos do Brasil!

Mas a insanidade não é privilégio só dos políticos brasileiros. Os “aloprados” que vão para a porta do CT do seu clube do coração, protestando pela derrota em uma partida de futebol, agridem jogadores, comissão técnica, diretores e até familiares destes, perdem seus direitos como férias, décimo terceiro, aposentadoria entre tantos outros benefícios garantidos pela Constituição Federal, em reformas criminosas. Não vão à luta e muito menos reivindicam os seus direitos aviltados, saqueados, em uma atitude manifesta de loucura total. A insanidade brasileira está no DNA do seu povo.

Alberto Peixoto, Escritor

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