Duas desgraças se abatem sobre esse grande país dos trópicos chamado Brasil, e seu povo. A primeira tem sido a classe de maus políticos que tem se proliferado ao longo décadas, observando que as exceções existem.
A segunda tem se evidenciado através de pseudos evangélicos que se utilizam do nome de Deus para obter dividendos próprios e ascender ao poder.
Exemplos desse tipo já foi registrado ao longo da história, ocorrida recentemente, às vésperas da chegada de Hitler ao poder alemão com o apoio de um grupo nacional-socialista ou nazista de protestantes que eram denominados como Cristãos Alemães.
Com ascensão de Hitler ao poder, o grupo se tornou maioria e nele integravam diversas denominações protestantes. Logo esse grupo aderiu à perseguição aos judeus, meses depois, essa unificação protestante foi consagrada num Sínodo. Que contou com as presenças de pastores e responsáveis eclesiásticos trajando uniforme nazistas.
O que quero deixar claro é que a história, anos depois, se repete nos trópicos. Só que por aqui os perseguidos não são o povo judeu, mas as classes pobres e despossuídas. E foi justamente isso que presenciamos durante o período eleitoral em 2018, nas eleições para presidente do Brasil, que consagrou a vitória da Besta do Bolsonaro.
Em 2020 a história volta a se repetir tendo como cenário e arena de disputa o município de Feira de Santana, que através da aliança espúria engendrada entre o grupo do prefeito eleito, Colbert Martins – prefeito direito e não de fato.
Com os membros dirigentes da Igreja Universal do Reino do Dinheiro (IURD). O que pavimentou e tornou mais fácil a vitória das forças conservadoras vinculadas com o atraso e imobilismo social.
O resultado, de toda essa equação perversa, depõe contra os interesses do povo. Que permite a permanência no poder de uma velha e retrógrada casta política que já inicia o governo fatiado e comprometido em atender os caprichos de uma ética protestante e ideológica.
Em seu discurso que teve o pomposo título “Compromisso dos Eleitos”, durante o ato solene diplomação dos políticos eleitos nas eleições de 2020. Evento realizado no Salão do Júri do Fórum Desembargador Filinto Bastos, na manhã de quarta-feira (16).
Colbert foi rápido no gatilho e partiu para o seu discurso recheado de demagogia e promessas ocas.
Garantiu que irá dar sequência a “tudo aquilo que nós nos comprometemos a fazer”. A grande pergunta é fazer o quê e para quem?
Para o social certamente é que não é.
Prometeu que o Executivo, sob seu comando, respeitará e trabalhará de forma harmônica com o Judiciário e com o Poder Legislativo, em seu papel de órgão fiscalizador.
E prosseguiu argumentando que entende a importância da democracia principalmente num momento de epidemia grave no Brasil. “Manteve-se um processo eleitoral, foi feito e concluído, garantindo a forma democrática com que o Brasil se conduz”.
Em seguida, de forma piegas sentenciou: “a democracia é uma planta que precisa ser regada com votos e eleições. Com certeza, faltou explicar os meios inconfessáveis utilizados para obter os resultados que possibilitaram a ele e seu grupo político continuarem no poder.
Como não poderia deixar de ser o circo estava completo, o antecessor de Colbert Martins Filho, adversário político do velho Colbert Martins, já falecido, pai do atual prefeito, foi alvo de homenagens prestada José Ronaldo. O que provavelmente fez com que o defunto se revirasse na cova.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)