Monthly Archives: outubro 2020

Mourão: “ Ustra era um homem que respeitava os direitos humanos”/ Por Sérgio Jones

Em recente entrevista concedidas a órgão da imprensa brasileira, a figura desprezível do vice-presidente da república, Hamilton Mourão, fez uma declaração infame ao afirmar não só ser íntimo como elogiou a figura do assassino coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, falecido em 2015.

De acordo com depoimentos dele, o substrato humano que é apontado como líder que comandou e coordenou as torturas físicas e psicológicas mais infames, praticadas durante a Ditadura Militar. Ele o reputa como: “era um homem de honra e um homem que respeitava os direitos humanos de seus subordinados”.

Outro impropério feito pelo milico cabeça torta é de que Bolsonaro administra ou vem administrando “muito bem” a pandemia do novo coronavírus, apesar do País ter quase 150 mil mortos e ser um dos mais afetados pela crise sanitária.

O que nos leva a fazer a seguinte indagação, o que faz com que uma pessoa que recebeu uma boa educação, usufruiu e usufrui de muitos privilégios oferecidos por um país tão desigual, a extravasar tais pensamentos e comportamentos tão mesquinhos, tão descontextualizados?

Talvez tal explicação seja encontrada nos estudos de Tanzi e Riva, que denominaram como Teória Atávica, onde eles estabelecem conceitos com grande clareza de espírito que há nesse tipo de comportamento, dois elementos distintos: um constante, o fundo degenerativo particular; outro acidental, eventual, o delírio sistematizado.

Em que classificação se encaixa o Mourão?

Possivelmente, no primeiro conceito em que se constituiu a paranoia, considerando que essa doença pode existir sem que haja delírio sistematizado, como no caso de paranoia sem delírio, como também pode revelar-se em estado de pureza, no período de incubação do delírio ou em momentos de trégua.

Se a paranoia não é um caso de retorno atávico hereditário como eles ensinam, ela é evidentemente um caso de desorganização mental regressiva, que se manifesta regularmente no consciente do general Mourão. Não deve haver outro tipo de explicação ou entendimento científico que justifique tal comportamento tão execrável e doentio.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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“Jesus não precisa de megatemplos”, bispo católico detona padre Robson/Por Diário do Estado

Um sermão em que Dom Silvio Dutra, bispo da Diocese de Vacarias, no Rio Grande do Sul, critica o padre Robson de Oliveira, investigado por suspeita de fraude no Santuário do Divino Pai Eterno (GO), viralizou nas redes sociais.

No vídeo, gravado no dia 26 de agosto, o bispo fala que os religiosos não foram “feitos para dinheiro, nem para fortunas. Jesus não precisa de megatemplos, nem de sinos de R$ 6 milhões” e alegou que, apesar das denúncias ainda não terem sido comprovadas, “onde há fumaça, pode ser, com muita certeza, que haja fogo”.

“Talvez esse escândalo que está para ser confirmado é uma ação do Espírito Santo para dizer que não é essa a igreja que ele quer, Deus não quer uma igreja de show. O lugar do padre não é no palco, o lugar do padre é no altar e a serviço do irmão”, comentou.

Segundo as investigações conduzidas pelo Ministério Público de Goiás, a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), conduzida por padre Robson, acusado de lavagem de dinheiro, movimentou R$ 2 bilhões em 10 anos. As diligências mostraram o recebimento de R$ 20 milhões em doações por mês e descobriram que parte dos recursos foi empregada na compra de fazendas e de uma casa de praia.

No vídeo que viralizou, Dom Silvio Dutra ainda disse que vários idosos se esforçam para ajudar a igreja financeiramente, mas que esse não é o foco da religião.

“Fiquei imaginando a minha mãezinha lá com 87 anos e quantos idosos piedosos que ficam lá mandando seu dinheiro. Eu tenho, em outras ocasiões, falado da minha angústia com isso, dos gurus da nossa igreja. Nossa igreja deixou de ser de comunidade e passou a ser uma igreja de guru”, avalia.

O bispo fez ainda uma reflexão sobre o atual momento da religião, incluindo uma crítica ao próprio catolicismo. Afirmou que o que vale não é a aparência e que o mundo hoje passa por um estágio de hipocrisia.

“Vivemos hoje, de fato, uma pandemia de farisaísmo. Lideranças religiosas e políticas se apresentam como defensores de valores cristãos, mas no fundo, guardam podridões. Nós católicos não somos a igreja perfeita que olha para o erro dos outros. Nós nos escandalizamos com os erros dos outros e com o nosso mais ainda, porque temos a pretensão de indicar caminhos para a sociedade”, finaliza.

Diário do Estado

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