Embora as convenções partidárias ainda estejam por acontecer (31 de agosto a 16 de setembro), com a aproximação das eleições o que se percebe, na cidade, é que os postulantes ao cargo de prefeito, ou pelo menos parte deles, continuam patinando na maionese.
A estratégia traçada até o presente momento, tanto da parte de Carlos Geilson como do prefeito de direito e não de fato (Colbert Martins), têm resumido a ambos lardearem que contam com apoios importantes, no campo político.
No caso de Geilson, diz contar com apoio do deputado estadual Targino Machado; da parte de Colbert, do ex-prefeito José Ronaldo.
Importante observar que essa estratégia traçada por eles acontece devido ao fato dos mesmos não disporem de luz própria. Ambos vivem e trafegam nas sombras da política local, politicamente são duas figuras inexpressivas que vivem em busca da luz.
O mais hilário de toda essa leviandade política é que a mesma se resume em um desfecho que podemos denominar como um vir a ser, estamos a transitar em terreno pantanoso em que tudo pode acontecer. Geilson diz que pode e deve ganhar o apoio do deputado Targino Machado, o mais votado em Feira. O deputado citado não nega nem confirma tal apoio.
No caso específico de Colbert, este falou sobre o apoio do ex-prefeito José Ronaldo (DEM) à sua reeleição. “Para mim o silêncio do José Ronaldo é um grito muito forte de apoio a mim”. Desde quando um silêncio pode ser subentendido como um grito?
Em seguida o mandatário se utiliza do vocábulo, lealdade, para justificar a sua relação com o Imperador da Caatinga, e diz ter certeza de contar com a lealdade dele, para com a sua pessoa.
Pelo que podemos observar é que o conceito de lealdade para Colbert é bastante amplo. Foi leal da parte dele a decisão ao aderir a José Ronaldo, negando todo o seu passado de opositor. Foi leal o comportamento político adotado por ele para com os seus eleitores e até mesmo para com o seu grupo partidário?
A alternância de poder adotada pelo Colbert obedeceu e obedece tão somente aos seus mesquinhos interesses, em detrimento dos interesses da coletividade. O prefeito ao falar em lealdade é como falar de corda em casa de enforcado.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)