A novela continua e se arrasta de forma inexorável e promete um desfecho melancólico no caso em que o suposto criminoso provavelmente não será punido, prática muito comum em um país em que a impunidade não é exceção é regra.
Se beneficiando da Presunção da Inocência em que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado em sentença penal condenatória. O procurador Geral do Município Ícaro Ivvin, ganha tempo, e continua a jurar e a denunciar a existência de um possível complô ou armação política urdida contra ele, no que tange à denúncia de assédio sexual feita por uma servidora da Secretaria de Desenvolvimento Social.
O caso tem causado certo desconforto para o prefeito de direito e não de fato, Colbert Martins. Situado entre a cruz e a caldeirinha, devido a cobrança insistente por parte da imprensa para que haja, o mais breve possível, um desfecho para este grave problema, que se arrasta já por um longo tempo. E que se adote o mesmo princípio de tratamento dado ao diretor da Secretaria de Serviços Públicos na época, Deodato Peixinho.
Procurando fugir de suas responsabilidades que o seu cargo exige, ele na condição de chefe do executivo transfere a responsabilidade para o poder legislativo sob o argumento de que o quadro é diferente. Mas ao que nos parece, a modalidade do suposto crime é a mesma.
A retórica utilizada pelo burgomestre é que o suposto tarado, Ícaro Ivvin, foi eleito pela Câmara Municipal e Deodato Peixinho era de livre nomeação do prefeito. Em seguida, jogando para a plateia, sentencia ele: ” Se não fosse a Câmara Municipal, o procurador já teria sido colocado na geladeira”. Acredite se quiser.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)