É bastante instigante e ao mesmo tempo perigoso falar sobre movimentação financeira, antes, durante e depois das eleições para o legislativo municipal.
Na maioria das vezes, antes da definição do financiamento de campanha ser realizado com verbas da união, os vereadores achacavam os empresários e colocavam os candidatos a deputados estadual e federal numa sinuca de birro.
Para conseguir o apoio dos vereadores tinham que pagar um alto custo e na maioria das vezes não era correspondido.
Os empresários, alguns deles trocavam as doações de campanha por favores, destacando-se aprovação de leis que os beneficiavam, ou eram obrigados a contribui, com receio de que seus interesses pudessem vir a ser prejudicados com leis ou ações políticas que dificultassem o funcionamento de suas empresas.
Mesmo assim, ainda eram penalizados durante o período legislativos com ameaças, ou votação de projetos especificamente direcionados com a intenção de negociar a sua votação.
Esses projetos visavam às seguintes empresas: Transporte Coletivo Urbano; Limpeza Pública; Comercialização de Combustíveis; Construção e Postos de Combustível; Construção de Supermercados e Atacadão; Educação e Saúde, como às Cooperativas; além de outras denominações na área comercial e industrial.
Todos esses procedimentos são criminosos e imorais, salientando que o mais terrível é a área de saúde, quando os recursos desviados para o financiamento dessas campanhas, provocam até a morte de pacientes.
Como podemos acreditar que esses candidatos e vereadores eleitos estejam imbuídos na defesa dos interesses e das necessidades do povo que lhes deram uma carta em branco para serem representados por eles.
Isso sem falar no caixa 2, nas sobras de campanha, nas prestações de contas fraudulentas e enriquecimento criminoso.
Esses fatos vêm acontecendo em todas as eleições municipais, muitos se candidatam para conseguir recursos, outros para ter uma votação ridícula e com ela conseguir nomeações no serviço público, que, na sua maioria se torna servidores contratados com a alcunha de fantasmas.
Servem apenas para sacar o dinheiro no final do mês, sem contar que alguns deles dividem o salário com o vereador.
Enquanto parte dos vereadores eleitos se apropriam do cartão alimentação, com a conivência da mesa diretora da Casa e da presidência, os quais são desviados de suas finalidades para ampliar os recursos e benesses dos vereadores.
Esses são os comentários que circulam nos bastidores da política no universo do legislativo municipal.
Se for realizada uma pesquisa sobre essas denúncias, fazendo um levantamento minucioso das cassações, das prisões de vereadores em todos os municípios do país, as provas serão irrefutáveis.
Soube de caso ocorrido com um empresário de posto de combustível, que pagou propina para que uma lei fosse alterada, permitindo a construção de um Posto de Combustível em área não apropriada.
O fato foi comentado pelo próprio, mas, em seguida, observou com ênfase: “se denunciassem ele desmentiria, não queria problema nem perseguição”.
Em certo período legislativo um desses pseudos representantes do povo pediu que um empresário lhes conseguisse 50 mil reais, este se recusou sob a alegação de que estava passando por uma fase financeira difícil, o político ficou negociando, negociando, até que o empresário sem opção, concordou em disponibilizar 30 mil reais em três parcelas.
Vamos assim dizer, o “meliante político” aceitou, e definiu as condições de pagamento: “Me paga 10 mil reais agora, e entre 30 e 60 dias você me paga o restante”.
Ele utiliza o termo pagar: (você me paga), como se o empresário estivesse devendo ao facínora político que o extorquia naquele momento.
Não se pode esconder tudo, nenhuma ação ilegal permanecerá no limbo, um dia será conhecida de todos.
Tem um dito popular que diz: “O povo aumenta mais não inventa”.
Esses e outros comentários circulam nos bastidores políticos da Câmara Municipal.
Em 2020 teremos eleições municipais, o eleitor deve se conscientizar da importância da escolha do seu voto e não reeleger vereadores tidos e havidos como incompetentes e desonestos no trato da coisa pública.
Não se corrompam para não se igualarem a eles.
Carlos Lima, Jornalista