Monthly Archives: abril 2019

Onyx Lorenzoni: a face do cinismo da direita brasileira/ por Sérgio Jones*

Onyx Lorenzoni foi forte apoiador de Alcolumbre para a presidência do Senado
FOTO: Sérgio Lima, Poder360

O então Futuro ministro da Casa Civil, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM/RS) argumentou a seu favor, quanto ao uso indevido dos recursos da Câmara dos Deputados utilizados para custear voos durante a campanha de Jair Bolsonaro à Presidência da República.

Utilizou-se de argumentos fascistas para justificar o seu comportamento e ação criminosa ao dizer que entendia estar “ajudando a construir um novo futuro para o nosso país”. Nesse caso específico, o pronome “nosso” se aplicava e se aplica unicamente a eles, seres nefastos oriundos de uma classe excludente de canalhas, que diuturnamente se locupletam violentando os mais sagrados direitos do povo.

“Eu não tenho que me defender de nada. Está tudo dentro, rigorosamente, dentro da legislação da Câmara dos Deputados. Enquanto congressista e deputado, eu tenho a prerrogativa e direito de andar no lugar do Brasil que eu quiser e eu estava ajudando a construir o que, hoje, nós estamos vivendo: a transição de um novo futuro para o nosso país”, alegou.

Mas o que se apurou é que os registros existentes da Câmara dos Deputados demonstram que o principal líder da transição de governo, é um hipócrita que tenta escamotear a verdade que resultou em gastos que ficaram em torno de R$100 mil em verbas da Casa para bancar voos durante o período oficial de campanha.

Embora a verba faça parte da cota parlamentar que os deputados têm para cobrir custos, como viagens, mas o seu uso é terminante vedado, quando se trata de uma prática com fins eleitorais. Outro argumento falacioso utilizado pelo vil parlamentar é que tal denúncia é uma tentativa para desestabilizar o novo governo. “Bem-vindos ao terceiro turno. Mas a gente não se assusta, porque sabemos que estamos com a verdade. Eu tenho tranquilidade absoluta”. Declarou ele, na certeza de que seu crime, de ordem financeira, continuará impune.

Parafraseando grandes pensadores, conhecido por tecerem ácidas críticas ao sistema “Capetalista”, podemos afirmar que: “… Grande é a maldade no mundo inteiro. Por isso junte bastante, mesmo com trapaça. Pois ainda maior é o amor ao dinheiro e aos podres poderes”.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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Indecência ou reforma da previdência? / Por Sérgio Jones*

No combate a Reforma da Previdência Bolsonariana, centrais sindicais organizam calendário de lutas.

O que existe por trás da proposta de reforma da Previdência enviada ao Congresso que tem demonstrado urgência, por parte do governo neoliberal do presidente Jair Bolsonaro e seus áulicos? O que existe de real é que alguns privilégios existentes têm que ser combatidos. Mas sem que tal medida atinja os segmentos mais vulneráveis da sociedade. Do jeito e nos moldes que a tal reforma está sendo apresentada, só irá manter e prolongar os privilégios existentes.

Um forte indicador é o apoio que a mesma vem recebendo de banqueiros, que através de suas atividades ilícitas tornam-se legais. Não podemos e nem devemos esquecer que o banco é símbolo inconteste do “capetalismo”. O que se pode assinalar é que a tão propalada reforma é rejeitada por 51 por cento dos brasileiros e tem o apoio de 41 por cento da população, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada recentemente.

Parte considerável da população se posiciona contrária as idades mínimas para a aposentadoria. Entre os entrevistados, 65 por cento disseram ser contra a idade mínima de 62 anos para as mulheres se aposentarem, e 53 por cento se opuseram à idade de 65 anos para os homens.

A tão propalada democracia burguesa que prega a escolha e tomada de decisões em que prevalece a opinião e desejo da maioria. Neste caso específico, à máxima não tem prevalecido. Embora a maioria da população se posicione contra a proposta de reforma da Previdência o governo tenta impor e fazer prevalecer os seus interesses, em detrimento do que expressa a maioria da população de brasileiros.

O que nos fica claro e evidenciado é que a tomada de posição do governo demonstra não existir muitas diferenças no sistema “capetalista”, esteja onde estiver. Mudam-se os métodos e os personagens, mas mantêm-se a exploração através da relação de cumplicidade entre a criminalidade e os representantes da lei.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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