Monthly Archives: abril 2018

Tribunal do Santo Ofício condena Lula sem que se esgotasse os recursos disponíveis na justiça brasileira/ por Sérgio Jones*

Tribunal do Santo Ofício

As seis bestas apocalípticas do Supremo Tribunal Eleitoral (STF), obedecendo interesses diversos e difusos cometeram estupros jurídicos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que nesta quarta-feira (04/04), negou a principal chance de evitar a prisão antes das eleições. O resultado foi de 6 a 5, a maioria dos ministros e a possibilidade de habeas corpus solicitado pelo petista que visava evitar que sua pena de 12 anos e um mês de detenção por corrupção passiva e lavagem de dinheiro começasse a ser cumprida sem que se esgotassem todos os recursos ainda disponíveis na Justiça brasileira.

O resultado desta nefasta decisão compromete o futuro do ex-presidente e líder nas pesquisas de opinião para a votação presidencial em 2018. Ficando, por ora, pendurado por um prazo do último recurso no Tribunal Regional Federal 4 (TRF-4), em Porto Alegre, previsto para acontecer nas próximas semanas. Até o presente momento, Lula não se pronunciou e o PT lançou nota classificando esse 4 de abril de 2018 como “um dia trágico para a democracia brasileira”.

A ironia de toda esta pantomima jurídica ocorreu com o voto proferido por Rosa Weber, que selou o destino de Lula. Ela agora pode ser a única e incerta salvação para tirar o petista da cadeia em relativo pouco tempo. Como já era do conhecimento de todos, a decisão de Weber era uma incógnita até o início da sessão do Santo Ofício. De um lado, sempre ficou claro que ela defendia como posição pessoal que a prisão de um réu não pode acontecer antes da condenação na última instância, ou seja, pró-Lula. Por outro, ela vinha se submetendo ao entendimento do Plenário da Corte, estabelecido em 2016, que é favorável à prisão após a segunda instância, ou seja contra Lula.

A argumentação técnica que prevalece até o presente momento, é que, nem mesmo a agora provável prisão do ex-presidente impediria que ele siga se postulando à presidência. Respaldado pelas pesquisas, que mostram o petista em primeiro lugar em todos os cenários, o partido seguirá em silêncio, pelo menos oficialmente, sobre um possível plano B, caso a candidatura de seu maior líder seja legalmente impedida com base na Lei da Ficha Limpa.

O apelo para esse rumo não é desprezível: o último levantamento do instituto Datafolha, de janeiro, mostrava o petista com 36% das intenções de voto. Quanto a desistência de sua candidatura o partido reconhece que só o ex-presidente pode tomar e que se depender do PT, tudo fica como está. Uma das possibilidades a ser adotada pelo ex-presidente, caso seja preso. Ele deverá se entregar, quando sair a determinação da prisão, evitando assim, uma operação da Polícia Federal para conduzi-lo à prisão.

A lição que nos resta desta história macabra, a exemplo de outras ocorridas no país, é que mais uma vez os segmentos de milhões de pessoas, menos favorecidas, desta infeliz nação são vilmente ludibriadas pelas patranhas e urdiduras de uma elite caquética, perversa e incompetente. Que comete, em nome de Deus, os atos mais atrozes para justificar e manter os vis privilégios. Tal qual Judas que, em troca de 30 moedas de prata traiu a confiança do filho de Deus. Nesta emblemática Semana Santa, os plutocratas optaram, mais uma vez, em trair toda uma nação.

Sérgio Jones, jornalista

(sergiojones@live.com)

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Pedido de registro da Rua Sales Barbosa como Patrimônio Imaterial Literário, Histórico-Cultural de Feira de Santana-BA

Rua Sales Barbosa, ao lado Mercado Municipal, atualmente, Mercado de Arte Popular-MAP

Solicitamos das autoridades competentes o tombamento (registro) imaterial da Rua Sales Barbosa como local histórico, tornando a memória feirense viva, em um espaço de lazer e interatividade.

A cidade de Feira de Santana acolheu o século XX com os olhos voltados para o progresso, passou pelo tempo passado indiferente, vibrou pelo processo de modernização, ao mesmo tempo em que foi aceitando o apagamento da importantíssima memória vivida.

Hoje, circula pelas ruas, redes sociais, nos grupos do Facebook: “Memórias de Feira de Santana”, “Lembranças de Feira” e outros, no whatsapp, o peso do marca-passo nostálgico de quem não se vê pulsando na cidade. Aqui cabe pensar no céu do Romântico. Sales Barbosa (1862-1888).

A história da Rua, da cidade despertando a consciência coletiva. A necessidade de mobilização e identificação com os patrimônios. Pois, o que dá sentido ao patrimônio é perceber a imaterialidade dele, nesse caso, a da Rua do Meio, hoje Sales Barbosa.

Feira de Santana experimentou o movimento Romântico. Deixou sua marca na Igreja dos Remédios, nos encontros abolicionistas, na boemia da Rua Proibida, na sua história oral. O Patrimônio tem função educativa.

Placa comemorativa

Ao abordar a Literatura como Patrimônio Cultural Imaterial (um bem valioso para Feira de Santana), por meio da poesia de Sales Barbosa, buscou-se identificar na Literatura Romântica da cidade, a questão da identidade local e o sentimento de pertença a esse lugar, presentes nas poesias, na vida do autor por intermédio da experimentação da Escola Literária da terceira geração que carrega às vivências locais. Destarte, a poética de Sales Barbosa reflete a história que a Metrópole Feira de Santana vivenciou em meados do século XIX, denominado de tempos do Romantismo, tempos vividos por Castro Alves.

O poeta que denomina a Rua, lembrado pela grande parte dos feirenses como referência local, uma placa, na antiga Rua do “Meio”, o acesso aos poucos patrimônios preservados, já tombados pelo IPAC: Mercado de Arte Popular, Coreto e Lambe-lambe, da Praça Bernardino Bahia, Igreja dos Remédios, Coreto e Casarão Fróes da Mota.

Há toda uma memória da Rua ali representada. Esse pode ser um modo de fazer chegar o conhecimento histórico, de tornar visível todos os momentos e diversos contextos em que a cidade foi sendo construída.

[…] Justificando o projeto: Sales Barbosa (1862-1888) é capaz de desencadear estudos, vontades, aspirações, memórias capazes de fortalecer a vontade de preservar edificações históricas e costumes, um jeito de ser, de compreender e ocupar o espaço urbano, contribuindo para a diminuição da apatia, quiçá da violência e dos desajustes citadinos atuais. Em suma, o “Memorial a céu aberto” ajudará a ver a grandeza, a importância da cidade.

Fazer do espaço um convite, um presente para os feirenses, preservando assim a Rua como forma de lazer, cultura, e memória, visto que a cidade não somente esqueceu seu poeta de vida breve por 129 anos (1862-1888), mas da Rua como local de encontros artísticos: Literatura, Teatro, Dança, Música, pintura, diversas artes e eventos, etc.

Feira de Santana agradece!

Cintia Portugal de Almeida

Escritora e Pedagoga

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A dignidade das prostitutas e a dos políticos brasileiros

As prostitutas brasileiras são pessoas dignas. Muito mais dignas do que os políticos brasileiros!

Durante toda esta parafernália golpista que está ocorrendo no Brasil, desde a traição do Judas Temer, chego a conclusão de que as prostitutas brasileiras são pessoas dignas.  Muito mais dignas do que os políticos que prometem qualquer coisa para ganhar seu voto e nunca cumprem, além de praticar todo ato de corrupção.

As prostitutas quando combinam com seus clientes, que vai lhe proporcionar momentos de prazer, cumprem o acordo. Todos os políticos, com raras exceções, mesmo recebendo propinas, desviando verbas do erário e todo tipo de falcatruas – o imposto que “damos” aos políticos e não temos retorno – não cumprem suas atribuições que é a de: ser um representante do povo nas Assembleias Legislativas elaborando leis e defendendo os seus direitos; propor, debater e aprovar leis de interesse nacional.

Muito menos do que uma prostituta precisa desempenhar para fazer jus ao pagamento combinado que, com certeza, não é nem um milésimo (contando o roubo) do que um deputado brasileiro abocanha em um dia de “trabalho” (?).

O judiciário também pode fazer parte desta turma. A única coisa que sabe fazer é perseguir Lula e aumentar seus vencimentos. O juiz federal Marcelo Bretas entrou na justiça para defender o direito a acumular o recebimento de auxílio-moradia em dobro, pois o mesmo é casado com a também juíza Simone Bretas; “Pois é, tenho esse ‘estranho’ hábito. Sempre que penso ter direito a algo eu VOU À JUSTIÇA e peço. Talvez devesse ficar chorando num canto, ou pegar escondido ou à força. Mas, como tenho medo de merecer algum castigo, peço na Justiça o meu direito”, disse Bretas reivindicando um benefício imoral que foi concedido.

 E não venha com esta “estória” de tríplex ou que Lula roubou, porque fica a pergunta no ar: E Temer, Aécio, FHC, Serra, Alckmin, Padilha, entre tantos outros que estão soltos e nunca foram julgados?

Por que só Lula? Por que a elite coxinha zona sul, que se acha branca está incomodada com a participação de Lula nas próximas eleições? Por que esta mesma elite não protesta contra as aberrações da reforma da previdência que se pode dar como exemplo o não pagamento de pensão a viúva ou viúvo após o óbito do titular?

No estado da Bahia o governador Rui Costa foi eleito em primeiro turno pelos funcionários públicos, que já entraram no quarto ano sem aumento salarial, sequer reajuste da inflação. As próximas eleições estão às portas.

“Ai que pavor quando leio o jornal, é só desgraça, é só baixo astral, meu diploma dependurado na porta é o quadro de uma natureza morta. Quero voltar invisível pra dentro da barriga da mamãe” Rita Lee

Alberto Peixoto

Escritor

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