Quem perdoar uma ou mais pessoas que cometeram uma traição, se beneficia consideravelmente. Quando você perdoa outras pessoas ou até a você mesmo, ao efetivar este perdão você liberta-se de um passado frustrante.
Porém, este perdão não deve ser aplicado a atual situação do Brasil. O ex-presidente Lula disse em uma frase infeliz, que ele perdoa os golpistas. Mas será que o povo brasileiro, que está sofrendo na pele as perdas de direitos trabalhistas historicamente adquiridos, protegidos pela Constituição Federal, perdoa? As perdas das nossas principais riquezas como o Pré-Sal, entre outros patrimônios de igual importância, devem ser perdoadas?
Em um artigo publicado para o site https://www.brasil247.com, o cientista Luiz Felipe Miguel diz que Lula dá uma boa “escorregada” quando pronuncia a frase – em relação aos golpistas e coxinhas-zona-sul – EU PERDOO. “Falou como um namorado traído, como um padre no confessionário. Com isso, despolitizou de vez o assunto. Fez parecer que o que está em jogo são relações interpessoais – sacanearam a Dilma, não é mesmo? – e não interesses em conflito.” Afirma Luiz Felipe Miguel.
Não será possível aliar-se a eles novamente. Lembrem-se da revolta dos coxinhas-zona-sul; do pato da FIESP, na campanha pelo impeachment e dos mais de 54 milhões de votos que representavam a vontade do povo brasileiro, que foram criminosamente usurpados. Estes votos simbolizavam os anseios do eleitor, que foi às urnas por um Brasil cada vez melhor.
A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffman (PR), soltou nota tentando retificar o pronunciamento infeliz de Lula, dizendo: “Lula dirigiu-se à parcela da sociedade que apoiou o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff e hoje percebe que foi enganada”.
Até acredito nesta versão da senadora, “mas a segunda coisa mais importante em um relacionamento é saber perdoar, pois a primeira ainda é saber castigar (colocar todos eles na cadeia)!” O perdão não vai trazer de volta o Pré-Sal, nem os direitos trabalhistas usurpados por esta quadrilha de vagabundos travestidos de políticos – patrocinados pelos Estados Unidos da América – nem retificar o desmonte do nosso patrimônio.
Alberto Peixoto – Escritor