Monthly Archives: novembro 2017

Será que o povo brasileiro quer perdoar os golpistas?

O ex-presidente Lula em caravana pelo Brasil

Quem perdoar uma ou mais pessoas que cometeram uma traição, se beneficia consideravelmente. Quando você perdoa outras pessoas ou até a você mesmo, ao efetivar este perdão você liberta-se de um passado frustrante.

Porém, este perdão não deve ser aplicado a atual situação do Brasil. O ex-presidente Lula disse em uma frase infeliz, que ele perdoa os golpistas. Mas será que o povo brasileiro, que está sofrendo na pele as perdas de direitos trabalhistas historicamente adquiridos, protegidos pela Constituição Federal, perdoa? As perdas das nossas principais riquezas como o Pré-Sal, entre outros patrimônios de igual importância, devem ser perdoadas?

Em um artigo publicado para o site https://www.brasil247.com, o cientista Luiz Felipe Miguel diz que Lula dá uma boa “escorregada” quando pronuncia a frase – em relação aos golpistas e coxinhas-zona-sul – EU PERDOO. Falou como um namorado traído, como um padre no confessionário. Com isso, despolitizou de vez o assunto. Fez parecer que o que está em jogo são relações interpessoais – sacanearam a Dilma, não é mesmo?e não interesses em conflito.” Afirma Luiz Felipe Miguel.

Não será possível aliar-se a eles novamente. Lembrem-se da revolta dos coxinhas-zona-sul; do pato da FIESP, na campanha pelo impeachment e dos mais de 54 milhões de votos que representavam a vontade do povo brasileiro, que foram criminosamente usurpados. Estes votos simbolizavam os anseios do eleitor, que foi às urnas por um Brasil cada vez melhor.

A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffman (PR), soltou nota tentando retificar o pronunciamento infeliz de Lula, dizendo: “Lula dirigiu-se à parcela da sociedade que apoiou o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff e hoje percebe que foi enganada”.

Até acredito nesta versão da senadora, mas a segunda coisa mais importante em um relacionamento é saber perdoar, pois a primeira ainda é saber castigar (colocar todos eles na cadeia)! O perdão não vai trazer de volta o Pré-Sal, nem os direitos trabalhistas usurpados por esta quadrilha de vagabundos travestidos de políticos – patrocinados pelos Estados Unidos da América – nem retificar o desmonte do nosso patrimônio.

Alberto Peixoto – Escritor

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Brasil: o País dos quadrilheiros

A quadrilha do Planalto Central

Foi aprovada no dia 13 de dezembro de 2016, pelo presidente quadrilheiro Michel Temer, a PEC do Teto, que tem como finalidade congelar gastos do governo por 20 anos. Este mecanismo absurdo de congelamento está afetando não só investimentos na saúde e educação – um freio nestes investimentos que stão previstos na Constituição – como também nos diversos programas sociais, na qualidade dos serviços públicos e no reajuste do salário mínimo.

O Plano Nacional de Educação – PNE – com a meta de universalizar a educação e criar um plano de carreira para os professores da rede pública – uma das categorias mais mal paga do país – está sendo prejudicado com as medidas da quadrilha Temer. Não está sendo possível colocá-lo em prática.

Em contra partida existe também o STF que é composto por onze Ministros, de notável saber jurídico e de “reputação ilibada”. Estes tem como principal atribuição, julgar as ações direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal; na área penal, destaca-se a competência para julgar o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República (art. 102, inc I, a e b da CF/ 1988.

Mas o cidadão brasileiro não vê nada disso. O que se observa são juízes, principalmente o Gilmar Mendes, soltando bandidos do colarinho branco e protegendo políticos, que talvez pertença ao seu bando. O Supremo Tribunal Federal é órgão de cúpula do poder judiciário e deveria guardar (proteger) a Constituição Federal. Na realidade quem (mal) julga são os quadrilheiros do congresso através de votos comprados

A PEC do Teto proíbe por 20 anos os investimentos em educação, saúde, programas sociais e regula o aumento do salário mínimo, mas não impede a compra de votos em Plenário.

A reforma da Previdência tem como desculpa o rombo que lá existe. Segundo relatório dos Auditores da Receita Federal a Previdência é superavitária. Não existe o rombo anunciado e os principais devedores são empresas vinculadas a deputados e senadores.

Mesmo assim, fica a pergunta: com tanta dificuldade financeira, onde o quadrilheiro Temer arranjou mais de R$ 32 bilhões para comprar o arquivamento da segunda denúncia contra ele, votada no Plenário da Câmara? Só pode ser mágica!

Na realidade não existe só uma quadrilha governando o País. Existem diversas quadrilhas, ou seja: a quadrilha do Temer, a do Aécio, a do Cunha, a do Gilmar e tantas outras quadrilheiras vinculadas aos chefes do colarinho branco que juntas, formam o quadrilhão que governa o Brasil.

E o povo brasileiro, gigante pela própria natureza (natureza morta), ou continua sentado no trono de um apartamento, com a boca escancarada, cheia de dentes (cariados) e esperando a morte chegar, ou está sentado no banco da praça vendo a banda passar – com certeza tocando uma marcha fúnebre.

Alberto Peixoto – Escritor

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Ministra Valois e seu dualismo entre dois princípios opostos/ Por Sérgio Jones*

Luislinda Valois, a Iansã de toga

Após dar uma de, como se costuma dizer no popular, João sem braço e devido à forte reação popular a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, desistiu nesta quinta-feira (2) da petição que fez ao governo federal para, de forma cabotina, acumular salários de ministra e desembargadora aposentada, chegando a R$ 61,4 mil. Ela usou como argumento, bastante discutível, que ficar limitada ao teto constitucional do serviço público de R$ 33,7 mil, se assemelhava ao “trabalho escravo”. Será que nesta atitude não está implícito o fato por ser ela, mulher e negra, uma tentativa de se  prevalecer desta ambivalência tendo como objetivo obter vantagens particulares, ao  fazer tal alusão?

O que se questiona não é fato da ministra perceber um salário que é mais do que compatível com a função que ela exerce, e sim a esperteza tupiniquim em que tem como máxima que o melhor é sempre levar vantagem. Será que em nenhum momento considerou que tal proposta é um acinte ao povo brasileiro que na sua grande maioria sobrevive com um salário miserável?

Este é mais um dos inúmeros absurdos que já nos acostumamos vivenciar no âmago deste arremedo de governo. “É um direito meu peticionar. Não agredi a ninguém com minha petição”. Como não, a senhora agrediu, e muito, os milhões de brasileiros que trabalham tanto quanto, ou até mais, que a ministra. E ainda paga o seu salário. ”Fui convidada para trabalhar como ministra. Trabalho de segunda a segunda, mais de 12 horas por dia, e recebo salário de menos de R$ 3 mil como ministra”, disse. A redução no salário de ministra se dá justamente para que o vencimento global não ultrapasse o teto constitucional, já que ela já recebe como desembargadora aposentada.

“O Brasil está sendo justo comigo? Por que não se remunerar o trabalho”? Tal indagação deixa subentendido que para o Brasil ser justo com ela  implica ser injusto com milhões de brasileiros. É este tipo de egoísmo desta plutocracia que está conduzindo a nação para o fundo do poço. Ninguém  pensa no país como um todo. Este segmento político só tem olhos para o próprio umbigo, quanto ao povo isto é apenas detalhes.

O que Valois procura  não é ter uma vida mais digna, como afirmou, e sim de opulência e ganância ao tentar manipular a verdade com a utilização de eufemismo tipo: “Sou a ministra que ganha menos. Este mês vou receber R$ 2.700″, queixou-se, referindo-se ao salário descontado de ministra. O que ela deveria explicar que isso se deve ao fato deste dinheiro se acumular ao que recebe como aposentado o que perfaz cerca de R$ 33,000,00. Para ser digna em suas ações deveria optar pelo seu salário de aposentada ou de ministra. A junção dos dois se torna um acinte a toda sociedade que já não suporta mais as maracutaias e as espertezas perpetradas por esta alcateia de lobos que procura se apresentar ao público como cordeiros.        .

Ao ser questionada se não sabia, antes de aceitar o convite para ser ministra, do teto constitucional, ela desconversou: “É algum pecado se fazer alguma analogia? Acho que não pequei, não errei”. Errou e feio senhora ministra, ao cometer um dos sete pecados capitais, a ganância.

Sérgio Jones, jornalista.

(sergiojones@live.com)

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