A decisão adotada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em manter no poder o governo golpista de Michel Temer só contribuiu para manter e prolongar a agonia atual. Uma prova irrefutável do fato pode ser evidenciada devido a reação da população brasileira, de parte da imprensa nacional e, com vigor maior, internacional.
Expressões consideráveis do mundo político brasileiro expressaram as suas indignações ao afirmarem não ser sustentável o atual governo devido ao escândalo de corrupção em que ele se encontra envolvido. Não só por causa das delações, mas pela própria confissão feita por Temer. No primeiro momento, a conversa que ele entabulou com Joesley Batista, e no segundo, quando o assessor dele foi preso, Rodrigo Rocha Loures.
O mais grave de toda esta comédia bufa é que este meliante foi defendido pelo Temer que chegou a afirmar que o mesmo tinha boa índole e que este não o iria delata-lo. Esta declaração evidencia o seu comprometimento. A grande questão é a seguinte: como manter um presidente nestas condições? Tal prática se caracteriza como uma violência contra a nação e seu povo.
Outro exemplo de cabotinismo nos foi revelado por outro presidente, sendo este do TSE, Gilmar Mendes, que ao dar início a sua fala, ressaltou que o relatório de Benjamin faria com que “todos fossem cassados” até 2026. “Não se pode trocar um presidente da República a toda hora, ainda que se queira”. E em seguida enfatizou que “é isso que se quer”. O último refúgio deste canalha é lapidar ao proferir a seguinte sentença: “eu também quero combater a corrupção, mas defendo que o caso precisa ser analisado sob a constituição”.
O que deixa claro que seu discurso é enviesado e de aspecto neofascista.
Muito parecido com o que foi utilizado em 1964. Em nome da nação o governo militar praticou de forma sórdida os mais atrozes crimes que atentaram contra a dignidade e os direitos humano do povo brasileiro. Tais argumentos e justificativas não deixa de servir como refúgio para estes tipos de canalhas que por séculos empesteiam de forma indelével as páginas de nossa história.
Sérgio Jone – Jornalista
Gostei da legenda da foto, Temer e seus meliantes. Definiu bem a situação, como sempre.