Na última sexta feira, 13 de maio de 2016, tivemos o desprazer de assistir à posse de um Presidente interino em lugar da Presidente eleita democraticamente pelo voto direto, Dilma Rousseff, sem provas de corrupção. O mais interessante disso tudo é que este Presidente incorreu nos mesmos “erros” que serviram para incriminar Dilma Rousseff. Mais humilhante ainda foi a posse de um Ministério onde sete integrantes estão sendo investigados pela operação Lava Jato.
Na realidade o objetivo da oposição não é só tirar Dilma Rousseff do poder, como também atingir Lula, deixando-o inelegível para o próximo pleito e desmoralizar o PT.
É preciso saber se a mesma mídia golpista que tanto se empenhou em promover o afastamento de Dilma Rousseff, em um verdadeiro estupro político, vai ter o mesmo vigor para esquadrinhar o governo Temer que já anunciou o fim dos programas sociais e redução dos direitos trabalhistas.
“Dilma Rousseff é uma mulher honesta, mas está pagando por políticas erradas e é desagradável ter impeachment da primeira mulher que foi eleita”, comenta FHC em um verdadeiro contrassenso.
Mas ser honesta não vem ao caso. É fundamental para estas aves de rapina, golpistas e que transpiram ódio por todos os poros, participar dos “esquemas e negociatas”, ou estarão fora do jogo da política; da política do toma lá dá cá; da política que não pode ter negros nem pobres nas escolas, muito menos possuir um carro.
Segundo disse Danuza Leão: “ir à Nova York já teve sua graça, mas, agora, o porteiro do prédio também pode ir, então qual é a graça? Bom mesmo é possuir coisas exclusivas”. Mas a luta não era contra a corrupção?
Precisamos ter consciência de que o Brasil é bem maior do que Michel Temer; bem maior do que as Organizações Globo de Comunicação dos irmãos Marinho, que ajudou a derrubar a presidente Dilma Rousseff. Ontem à noite, dia 15 de maio, enquanto Temer concedia uma entrevista ao programa Fantástico, em diversas cidades do país havia panelaços e mulheres marchando pelo retorno da Presidente e da volta da democracia. “A primeira mulher presidente voltará ao poder pelas mãos das mulheres”, foram as palavras de ordem.