“Nenhum país pode desenvolver-se em paz e não respeitar a Constituição” (J.K.).
O brasileiro, em grande parte analfabeto funcional ou iletrado, encara a política – um segmento que rege suas vidas e tudo que existe em um país – como se fosse um desfile de escola de samba ou um jogo de futebol. Por estes motivos a frase de J.K. – Juscelino Kubitschek – encontrada no livro de Paulo Henrique Amorim (O 4º Poder), nunca será levada a sério.
É claro que existem exceções, mas o brasileiro em regra geral, prefere discutir política e futebol nas conversas de mesa de bar nos finais de semana e fazer troças das mazelas do dia a dia. A responsabilidade dele em relação a quem elegeu em um pleito, são as mínimas; tem muitos direitos, mas deveres quase nenhum.
Pode-se comparar esta situação com o desfile das escolas de samba ou até mesmo com uma partida de futebol. Em ambos o torcedor (eleitor) torce por uma facção e esta tem que vencer nem que seja de forma ilícita. Não é levado em consideração, no caso das eleições, os prós e os contras.
Por outro lado, o brasileiro até tem motivos para agir desta forma. É normal ouvir nos comentários dos diversos veículos de comunicação, as notícias sobre a corrupção que assola o Brasil, mas isso não dá o direito a ninguém de desistir do país. Este é o momento de se fazer algo para mudar esta situação.
A Constituição é rasgada a todo o momento conforme a necessidade do crápula interessado e com conivência do STF que a tudo assiste e nada faz. As mobilizações que desestabilizaram o governo Dilma Rousseff em nome da caça aos corruptos não existem mais. Entra uma quadrilha no Planalto e não se ouve mais panelaço, nem movimentos nos finais de semana.
Não importa. A escola de samba escolhida está ganhando e o resto não vem ao caso. São coisas de pouca relevância.
Infelizmente diante de tantos percalços pode-se concluir que a corrupção está no DNA do brasileiro. Este tipo de situação é confirmada, principalmente, quando observamos que grande parte do Congresso Nacional, dos Ministros e seus assessores, dos Secretários de Estado e do mundo político com poucas exceções, estão sempre envolvidos em escândalos, o que já se tornou rotina.
Não podemos achar isso normal. Fiquemos atentos.