Colbert e seu lero-lero político/Por Sérgio Jones*

Em Feira de Santana, o prefeito de direito e não de fato, Colbert Martins (MDB), em uma live produzida por ele veiculou recados direcionados aos adversários políticos, mas precisamente aos membros do legislativo, onde não mais conta com maioria. E que os mesmos têm em pauta a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que tem como finalidade apurar se houve ou não distribuição de cestas básicas por parte do atual prefeito, durante o período eleitoral.

Se utilizando de bravatas, atitude típica de quem se encontra acuado, ele utiliza como estratégia de defesa, o ataque: “Não sou de ceder a nenhum tipo de intimidação, ameaça ou pressão para satisfazer interesses pessoais de quem quer que seja. Para mim estão sempre em primeiro lugar os interesses coletivos”.

Por mais bonitas que sejam as palavras e por mais longas que sejam as desculpas, são as atitudes que contam e que retratam fielmente o caráter do ser humano. A princípio entendemos que as palavras têm o seu valor e depois de proferidas não há como voltar atrás, já foi dita.

Mas nunca é demais lembrar que as ações corretas retratam a real imagem do ser humano que até em determinado momento pode tentar ludibriar com belos palavras ou textos suas atitudes incorretas do dia a dia, mas chega o momento em que o espetáculo picaresco chega ao fim, a cortina desce, e o personagem precisa revelar seu verdadeiro caráter, sem máscara e mentira.

É o que acontece em seu discurso, de forma pouco ou nada convincente, ao afirmar que se encontra com a consciência absolutamente tranquila de possuir responsabilidades para cumprir o objetivo de que precisa enfrentar os desafios administrativos e políticos que fazem parte de sua rotina diária. “Não tenho medo nenhum desses desafios”, blefou o prefeito.

Como sabiamente citou o saudoso poeta Vinicius de Moraes que em parceria com o Quarteto em Cy gravaram a música intitulada Canto de Ossanha, que tem como bordão: O homem que diz dou (não dá) por quem dá mesmo (não diz). O homem que diz vou (não vai) porque quando foi já não quis. O homem que diz sou (não é) porque quem é mesmo é (não sou)…

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live,co)

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